Licopeno: O que é? Quais os benefícios?
O Licopeno é considerado o carotenoide que possui maior capacidade sequestrante do oxigênio singlete, devido a sua estrutura química que lhe oferece maior reatividade. E o que isso quer dizer? Em linhas gerais, que ele é mais potente antioxidante dentre os carotenoides, ou seja, é eficaz no combate aos radicais livres e logo no combate ao envelhecimento precoce, além do mais estudos indicam seu uso positivo contra o cancêr de próstata, por exemplo.
Mas, o que é Licopeno?
O Licopeno é um carotenoide sem a atividade pró-vitamina A (não se converte em Vitamina A). Ele é lipossolúvel, predominante no plasma e nos tecidos humanos, sendo encontrado em um número limitado de alimentos de cor vermelha, como tomates e seus produtos, goiaba, melancia, mamão e pitanga.
Como atua o Licopeno?
As espécies reativas de oxigênio são moléculas contendo oxigênio que são ou têm o potencial de gerar radicais livres. A superprodução de espécies reativas de oxigênio resulta em uma condição conhecida como estresse oxidativo, que tem sido associada a diversas doenças como câncer e doenças cardiovasculares.
Os carotenoides, incluindo o Licopeno, podem ser potentes moléculas antioxidantes e são especialmente eficazes na eliminação de espécies reativas de oxigênio (singlete). Dos carotenoides, o Licopeno é o eliminador de oxigênio reativo mais efetivo in vitro. Esta atividade antioxidante foi proposta como mecanismo para os potenciais benefícios para a saúde dos carotenoides.
Os carotenoides, juntamente com as vitaminas, são as substâncias mais investigadas como agentes quimiopreventivos, funcionando como antioxidantes em sistemas biológicos.
O Licopeno aparece atualmente como um dos mais potentes antioxidantes, sendo sugerido na prevenção da carcinogênese e aterogênese por proteger moléculas como lipídios, lipoproteínas de baixa densidade (LDL), proteínas e DNA.
Qual a ligação do Licopeno com o câncer de próstata?
Existe uma mobilização afim de conscientizar a população masculina quanto a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Tão importante quanto o diagnóstico é a prevenção. Estima-se que aproximadamente 50% dos casos de câncer e 35% das mortes por câncer podem ser atribuídos a uma dieta pobre em nutrientes.
Por isso, é importante oferecer ao organismo uma grande variedade de nutrientes para que todas as suas funções vitais sejam realizadas plenamente. Dentre esses nutrientes, um em particular vem ganhando grande destaque entre os pesquisadores: o Licopeno, que pode ser encontrado no tomate.
As lesões causadas pelos radicais livres nas células podem ser prevenidas ou reduzidas por meio da atividade de antioxidantes, sendo estes encontrados em muitos alimentos. Os antioxidantes podem agir diretamente na neutralização da ação dos radicais livres ou participar indiretamente de sistemas enzimáticos com essa função.
Estudos mostraram que homens que consomem grandes quantidades de produtos derivados do tomate, que contém Licopeno, têm menor incidência da doença. Um estudo feito pela Escola de Saúde Pública de Harvard mostrou que homens que consumiam dez ou mais porções de alimentos à base de tomate (Licopeno) por semana tinham uma redução de 45% na taxa de câncer de próstata.
Como constatado na maioria dos estudos, evidências crescentes sugerem que o consumo diário de tomates ou produtos que contém Licopeno podem apresentar um efeito protetivo contra danos no DNA. Como esses danos parecem estar envolvidos na patogênese de algumas doenças da próstata, o consumo de Licopeno é encorajado.
Mais ensaios clínicos e estudos contendo números mais elevados de participantes são necessários para estabelecer o papel do Licopeno na prevenção e terapia de certas doenças.
Bibliografia:
SHAMI, Najua Juma Ismail Esh; MOREIRA, Emília Addison Machado. Licopeno como agente antioxidante. Rev. Nutr., Campinas, v. 17, n. 2, p. 227-236. Junho de 2004.
STORY, E. N. et al. An Update on the Health Effects of Tomato Lycopene. Annu Ver Food Sci Technol, v. 1, n. 10. 2010.
CHEN, P. et al. Lycopene and Risk of Prostate Cancer: A Systematic Review and Meta-Analysis. Medicine (Baltimore), vol. 94, n. 33. Agosto de 2015.
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