Ômega 3 (DHA e EPA)
A literatura apresenta evidências conclusivas de que uma alta ingestão de ácidos graxos Ômega 3 derivados de peixes, que são as maiores fontes para o DHA e EPA, reduz o risco de incidência e mortalidade por doenças cardiovasculares. Um grande número de estudos foi publicado quanto à eficiência do Ômega 3 na prevenção de doenças cardiovasculares, que geralmente foram positivas e promoveram a introdução do Ômega 3 na prevenção primária e na prevenção secundária após o infarto do miocárdio.
Um teste italiano1 acompanhou 11.000 pacientes que consumiram diariamente Ômega 3 DHA e EPA por 3,5 anos após o infarto do miocárdio. Houve uma redução da mortalidade cardiovascular em 30%, mortalidade coronariana em 35% e morte súbita em 45%. Outro estudo2 de grande escala acompanhou 7.000 pacientes com insuficiência cardíaca da New York Heart Association, que foram tratados com Ômega 3 por 47 meses, sobre a terapia padrão da doença. Esse tratamento com Ômega 3 reduziu a mortalidade cardiovascular em 10%, morte súbita em 7% e re-admissão para arritmias ventriculares em 28%.
Vitamina K2
A Vitamina K2 tem um impacto positivo nas doenças cardiovasculares, pela capacidade de prevenir e reverter a calcificação vascular que pode danificar artérias devido à má regulação do cálcio. Um estudo com 116.309 pessoas com idade média de 28 anos, indicou que a calcificação do arco aórtico apresentou correlação positiva com aumento do risco de doença coronariana3. Proteínas que são ativadas pela Vitamina K2, regulam a calcificação vascular e vários processos patológicos importantes. O mecanismo de ação é não deixar que cristais de cálcio fiquem depositados nas artérias, o que poderia causar danos ao sistema cardiovascular e inflamação.
Vitamina D3
Baixos níveis de Vitamina D no organismo, tem sido associado a eventos cardiovasculares como: calcificação da artéria coronária, disfunção endotelial e rigidez arterial. Fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia também estão associados a níveis mais baixos de vitamina D. A vitamina D parece ter efeito anti-hipertensivo em pacientes deficientes em Vitamina D que tenham pressão arterial elevada.
Coenzima Q10
A Coenzima Q10 é um composto essencial do corpo humano e ela é encontrada em maior concentração no coração. Há evidências crescentes de que ela está fortemente ligada a distúrbios cardiometabólicos e que de 4 pacientes com doenças cardíacas, 3 têm baixos níveis de Coenzima Q10. Níveis plasmáticos de Coenzima Q10 em pacientes com doença isquêmica do coração e cardiomiopatia dilatada são muito menores do que nos saudáveis. Sua suplementação pode ser útil em uma variedade de distúrbios crônicos e agudos, para ajudar a controlar a pressão arterial e o colesterol.
Magnésio Dimalato
O Magnésio Dimalato é uma fonte de Magnésio que possui alta biodisponibilidade e que ainda oferece o ácido málico, um composto orgânico envolvido na produção de energia para as células. O Magnésio tem ação vasodilatadora, com potência de dilatar os vasos sanguíneos, consequentemente melhorar a circulação do sangue, diminuindo a pressão arterial e mantendo os batimentos cardíacos dentro do ritmo normal. Desempenhando assim, um importante papel tanto na manutenção das funções cardíacas, saúde do coração e no tratamento de doenças do coração. Baixos teores de Magnésio foram encontrados em pessoas com: cardiopatias isquêmicas, insuficiência cardíaca, prolapso da válvula mitral, angina e espasmos coronários. Por isso, a sua deficiência pode acarretar prejuízo cardiovascular, pois esse sistema depende da presença de Magnésio para manter o seu funcionamento normal.
Como devo consumir esses nutrientes cardioprotetores?
Todo o sistema cardiovascular depende da disponibilidade de muitos nutrientes para realizar tarefas independentes, que no final, vai garantir que ele funcione de forma adequada e sem prejuízos. O ideal que seja consumido todos juntos, pois possuem ação similar em alguns tecidos alvo, aumentando a eficácia de atuação quando associados.
Referência bibliográfica:
1. Gruppo italiano per lo Studio della Sopravvivenza nell’infarcto miocardico. Suplementação dietética com ácidos graxos poli-insaturados n-3 e vitamina E após infarto do miocárdio: resultados do ensaio GISSI – Prevenzione. The Lancet. 1999; 354:447-455.
2. Tavazzi L, Maggioni AP, Marchioli R, Barlera S, Franzosi MG, Latini R, Lucci D, Nicolosi GL, Porcu M, Tognoni G, Gissi-HF Investigators. Efeito de ácidos graxos poli-insaturados n-3 em pacientes com insuficiência cardíaca crônica (o ensaio GISSI-HF): um ensaio randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. The Lancet. 2008 Oct 4; 372(9645):1223-30.
3. Iribarren C, Sidney S, Sternfeld B and Browner WS: Calcification of the aortic arch: Risk factors and association with coronary heart disease, stroke, and peripheral vascular disease. JAMA. 283:2810–2815. 2000
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