Glutamina e o seu papel no Overtraining
A Glutamina é mais um suplemento da classe dos esportivos, que é muito utilizado como um recurso ergogênico para aumentar o desempenho físico e evitar a síndrome do Overtraining. Segue com a gente e entenda melhor sobre a Glutamina e o seu papel no desempenho físico.
Glutamina
A Glutamina não é considerada um aminoácido essencial, porque pode ser sintetizado pelo organismo no tecido muscular a partir dos aminoácidos: ácido glutâmico, valina e isoleucina. Entretanto, em algumas situações como trauma, doenças e, eventualmente no esforço físico extremo, a concentração de Glutamina diminui em até 50% no organismo, podendo ser classificado como “condicionalmente essencial”. A Glutamina é um dos aminoácidos mais abundantes do corpo, presente principalmente nos músculos.
A Glutamina exerce diversas funções, além de oferecer energia ao sistema imune e participar na síntese proteica responsável pelo crescimento muscular.
A Glutamina é importante para o crescimento e a manutenção celular, além do bom funcionamento de órgãos como coração, pulmão, rim, fígado, intestino e cérebro. A sua importância também está interligada à capacidade que a Glutamina tem de transportar nitrogênio na corrente sanguínea, o que beneficia o processo de ganho de massa magra, pelo aumento da síntese proteica. A Glutamina é consumida pelas células de divisão rápida, sendo ainda muito importante para as células do sistema imunológico.
O que é Overtraining?
A Glutamina pode ser uma ótima aliada para quem pratica treinos de alta intensidade, como a musculação. O excesso de treinamento é caracterizado por um número de sinais e sintomas, denominados síndrome do Overtraining. Sintomas como fadiga, irritabilidade, distúrbios do sono, pequenas lesões, falta de energia, podem ser causados em sucessão à exercícios prolongados e intensos, aliado a períodos de recuperação inadequados. Essa situação prejudica o atleta, não apenas por estar associada ao decréscimo na performance, mas também pelas consequências relacionadas à sua própria saúde, com maior incidência de infecções, devido à inibição do sistema imunológico.
Glutamina x Overtraining
O processo de produção e liberação da Glutamina pelos músculos esqueléticos pode ser diminuído após exercícios prolongados, diminuindo a disponibilidade desse aminoácido para as células do sistema imunológico podendo provocar imunossupressão tornando os atletas mais suscetíveis à processos infecciosos. Desta forma, as concentrações plasmáticas de Glutamina em níveis adequados, evitam o catabolismo e o Overtraining.
Por estar ligada ao crescimento e manutenção celular, a Glutamina auxilia na renovação do tecido muscular. Desta forma, ela ajuda criar mais força, resistência e diminui o tempo de recuperação das fibras musculares.
O processo de catabolismo proteico é a quebra da proteína para a geração de energia. Contudo, para praticantes de atividades físicas ou para quem quer constituir massa magra, esse processo pode ser fator limitante, pois consume proteínas musculares. Por isso, a Glutamina é importante para o músculo esquelético, pois, ela oferece a energia necessária para a prática física, evitando o catabolismo proteico e protegendo a massa magra do organismo.
A relação entre o tecido muscular e a quantidade de Glutamina no organismo é associada a melhoras no condicionamento e desempenho em atividades físicas. A Glutamina é essencial para pessoas que procuram pela otimização dos treinos, assim como para quem quer construir e manter massa magra no corpo. Com níveis adequados de Glutamina no corpo, o organismo evita períodos de catabolismo e permanece em equilíbrio.
Durante o exercício físico o organismo gasta muita energia para se manter e a Glutamina, junto com os aminoácidos de cadeia ramificada, é o aminoácido mais abundante no tecido muscular e o mais significante energeticamente. Apesar de se tratar de um aminoácido, a Glutamina é uma importante fonte de glicose, sendo utilizada pelos rins e pelo fígado para sintetizar energia.
São os efeitos ergogênicos da Glutamina:
• Ação Anticatabólica;
• Representa fonte de energia em situações de aumentada demanda energética;
• Fortalece o sistema imunológico;
• Auxilia na síntese proteica;
• Aliado ao descanso necessário, evita a síndrome do Overtraining.
Referências bibliográficas:
BIESEK, S.; ALVES, L. A.; GUERRA, I. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. Barueri, SP: Manole, 2005.
ESCOTT-STUMP, S.; MAHAN, L. K. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 12ª ed.2010.
HALLAY, J. et al. Changes in nutritional state and immune-serological parameters of esophagectomized patients fed jejunely with glutamine-poor and glutamine-rich nutriments. Hepato-Gastroenterology, v. 49, n. 4, p. 1555-1559, 2002.
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