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Artigo: Coração: o órgão mais afetado pelos hábitos alimentares!

Coração: o órgão mais afetado pelos hábitos alimentares!
saúde em foco

Coração: o órgão mais afetado pelos hábitos alimentares!

Sabe aquela frase você é o que você come? Se encaixa perfeitamente para o coração. Ele é um dos órgãos mais impactados diretamente pelos hábitos alimentares e de vida. Quem deseja proteger o coração e mantê-lo saudável, precisa observar o que está consumindo diariamente. Uma alimentação desequilibrada, rica em gorduras saturadas e trans, pobre em nutrientes essenciais, pode afetar a saúde do coração. Em contrapartida, consumir determinados nutrientes envolvidos na sua manutenção ou que são capazes de melhorar o seu desempenho, têm papel fundamental na sua saúde e proteção. Um estudo inédito foi recentemente publicado (2021) sobre a Associação do consumo de alimentos ultra processados com a mortalidade cardiovascular na população dos EUA. A conclusão do estudo foi que o alto consumo de alimentos ultra processados, que é pobre em nutrientes essenciais e rico em gordura, sódio e açúcar, está associado ao aumento dos riscos de mortalidade por doenças cardíacas. Sendo essa associação mais evidente nas mulheres.

Doenças cardiovasculares matam milhões de pessoas todos os anos

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 17,9 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2019, o que significa 32% de todas as mortes globais. Dentre essas mortes, ataque cardíaco e derrame lideraram com 85% das causas. O ataque cardíaco e o derrame, são eventos agudos e podem ser causados por um acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos que bloqueiam a passagem de sangue para o coração e para o cérebro.

O que mais chama a atenção é que o número de mortes não para de crescer e que, muitas delas poderiam ter sido evitadas com a modificação dos hábitos alimentares e do estilo de vida.

As abordagens para melhorar a saúde do coração e prevenir as doenças cardiovasculares, devem ser para modificar os fatores de risco modificáveis, sendo a alimentação um dos fatores com maior impacto.

Nutrientes que protegem o coração

Para quem deseja proteger e promover a saúde do coração, não basta apenas evitar os alimentos que são prejudicais a ele, é preciso também oferecer ao organismo nutrientes que ajudam na sua manutenção e bom funcionamento. Somente assim, é possível manter ao coração saudável e protegido. Uma alimentação rica em frutas e vegetais que oferece muitas vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes e o consumo regular de peixes que oferecem Ômega 3 com concentrações altas em DHA e EPA, reduzem o risco para doenças do coração. Entenda como alguns nutrientes atuam em prol da saúde do coração.

Ômega 3

O Ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado, que não fica acumulado nas artérias, tem ação anti-inflamatória e por isso, é considerado uma gordura boa que protege o coração.  O Ômega 3 ajuda a reduzir os níveis de triglicerídeos e de colesterol LDL. Estudos tem relacionado hábitos alimentares saudáveis combinado com óleo de peixe rico em Ômega 3 DHA e Ômega 3 EPA com um menor risco para doenças cardiovasculares. Uma meta-análise de 13 ensaios controlados envolvendo 127.477 participantes mostrou que o Ômega 3 reduziu o risco de morte por doença cardiovascular. Em outro estudo que associou a suplementação de Ômega 3 com a Vitamina D em pontos finais de doenças cardiovasculares, os testes resultaram em uma redução de 28% no risco para ataques cardíacos, 50% para ataques cardíacos fatais e redução de 17% do risco para eventos totais de doenças coronarianas. Os mecanismos de ação do Ômega 3 sobre a saúde e proteção do coração, incluem a sua capacidade em modular a inflamação de placas nas artérias, estabilizar as placas mais vulneráveis, diminuir a circulação de lipoproteína de baixa densidade (LDL) –  o que evita o seu acúmulo nas artérias – e reduzir os níveis de triglicerídeos.

Por isso, a prevenção primária para as doenças do coração inclui aumentar a ingestão semanal de peixes que contém Ômega 3. Para as pessoas que preferirem tomar suplementos com Ômega 3, estudos também apoiam os benefícios para a prevenção primária.

Magnésio

O Magnésio é um mineral que desempenha um papel vital na saúde humana. Ele é um elemento chave para centenas de processos químicos e atividades dentro do organismo. O Magnésio traz benefícios para a saúde do coração, cérebro, músculos, articulações, ossos, controle da pressão arterial e produção de energia.

O Magnésio trabalha em sinergia com o Cálcio para garantir o funcionamento do sistema cardiovascular, apresentando propriedades cardioprotetoras. Ele é o responsável pela contração do músculo cardíaco, pelo relaxamento da musculatura lisa dos vasos cardíacos, dilata as coronárias, facilita os batimentos cardíacos, melhora a irrigação do coração e previne a inflamação. O Magnésio tem relação direta com o controle da pressão arterial com sua ação vasodilatadora. Ele é indicado para normalizar a pressão arterial, pela potência em dilatar os vasos sanguíneos, consequentemente melhorando a circulação do sangue, diminuindo a pressão arterial e mantendo os batimentos cardíacos dentro do ritmo normal. Desempenhando assim, um importante papel tanto na manutenção das funções cardíacas, saúde do coração e no tratamento de doenças do coração. Por isso, a sua deficiência pode acarretar prejuízos relacionados a função do coração, pois ele depende da presença de Magnésio para manter o seu funcionamento normal. 

Coenzima Q10

A Coenzima Q10 vem sendo amplamente divulgada e recomendada pela sua promissora promessa de exercer muitos benefícios para a saúde. Ela é uma substância lipossolúvel, cuja estrutura se assemelha a de uma vitamina. É um composto essencial do corpo humano, encontrada em maior concentração no coração. A sua principal função é como antioxidante, combatendo e neutralizando os radicais livres que são gerados a todo o momento dentro do organismo. Além disso, ela atua na geração de energia celular e tem efeito anti-inflamatório, benefícios esses que justificam a suplementação de Coenzima Q10 no tratamento das doenças cardiovasculares. Há evidências crescentes de que ela está fortemente ligada a distúrbios cardiometabólicos e que, de quatro pacientes com doenças cardíacas, três têm baixos níveis de Coenzima Q10. Níveis plasmáticos de Coenzima Q10 em pacientes com doença isquêmica do coração e cardiomiopatia dilatada são muito menores do que nos saudáveis. Em um estudo para investigar os efeitos da Coenzima Q10 em pacientes com insuficiência cardíaca, notou-se melhora na função cardíaca em 73% dos pacientes, 88% melhoraram o índice de volume diastólico final e 92% melhoraram a fração de ejeção, refletindo em uma melhora geral num quadro de insuficiência cardíaca. Sua suplementação pode ser útil em uma variedade de distúrbios crônicos e agudos.

Existem outros nutrientes capazes de ajudar na manutenção e saúde do coração como a L-Carnitina que é um aminoácido importante na produção de energia no miocárdio, que melhora o fluxo sanguíneo pela sua capacidade de vasodilatação, promovendo um aumento na potência do exercício e uma melhora do desempenho em pacientes com doença cardiovascular; a Vitamina K2 que previne e reverte a calcificação vascular que pode danificar artérias devido à má regulação do cálcio; a Vitamina D cuja deficiência no organismo, tem sido associada a eventos cardiovasculares como: calcificação da artéria coronária, disfunção endotelial e rigidez arterial. Fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia também estão associados a níveis mais baixos de vitamina D.

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