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Artigo: O que toda tentante, gestante e lactante precisa saber sobre o Ômega 3!

O que toda tentante, gestante e lactante precisa saber sobre o Ômega 3!
saúde em foco

O que toda tentante, gestante e lactante precisa saber sobre o Ômega 3!

O melhor presente que você pode dar ao seu filho, é manter uma boa nutrição durante a gestação. O desenvolvimento fetal vai influenciar a saúde do seu bebê até a fase adulta. Um adulto saudável, física e emocionalmente, pode ser reflexo de uma gestação adequada em nutrientes. O bebê é nutrido, recebendo os nutrientes que necessita para crescer e se desenvolver de forma saudável, por meio do consumo alimentar da mãe. A deficiência de nutrientes da mãe, mesmo leve, pode prejudicar o desenvolvimento embrionário, se agravando ao longo do tempo e podendo ter um efeito na saúde do bebê que vai se arrastar por toda a vida.  O cuidado com a mãe também deve ganhar atenção, afinal a deficiência de nutrientes pode debilitar a saúde de quem precisa nutrir, alimentar cuidar de si e do seu bebê. O que toda tentante, gestante e lactante precisa saber sobre o Ômega 3, é que ele é um nutriente crítico em todas as fases da gestação e pós parto. Seu impacto na saúde da mãe e do bebê passa pela concepção, crescimento fetal e lactação.

Tentantes e mulheres que planejam engravidar

Tentantes são todas as mulheres que estão buscando por uma gravidez, ou seja, que estão iniciando as tentativas de engravidar, que interromperam seu método contraceptivo e junto ao seu parceiro tentam de forma espontânea engravidar. Esse termo também é usado para quem realizou algum tratamento para infertilidade e deseja engravidar o mais breve. O maior erro das tentantes é de não se preocupar com a alimentação e com a suplementação ainda nesta fase. Quem deseja engravidar, precisa cuidar da alimentação e iniciar a suplementação de nutrientes críticos como o Ômega 3 principalmente o tipo DHA e EPA. O consumo de Ômega 3 DHA e EPA é importante para o desenvolvimento fetal e para a saúde da mãe. Ele ajuda na manutenção das funções cardiovasculares da mãe, reduz os níveis de triglicerídeos e colesterol LDL, aumenta o HDL – que é o colesterol “bom”-, mantém a pressão arterial normal e ajuda no controle dos níveis de insulina.

Existe outro nutriente crítico para este período, que é o Ácido Fólico. O Ácido Fólico precisa estar disponível em altas quantidades, no momento em que houver a concepção. O Ácido Fólico, auxilia na formação do tubo neural durante a gravidez. Uma vez que o fechamento do tubo neural acontece logo nas primeiras semanas após a concepção, os seus níveis já devem estar em uma quantidade ideal, antes disso. Por isso, quem está na fase das tentativas, como precaução, por não saber exatamente quando vai ocorrer a fecundação, deve já estar suplementando o Ácido Fólico. Já se estima que a suplementação precoce com Ácido Fólico, pode prevenir até 70% dos defeitos do tubo neural em bebês. Ele também tem sido apontado para prevenir defeitos cardíacos congênitos, fissuras orofaciais, baixo peso ao nascer e nascimentos prematuros. É recomendada a adequação do consumo de Ácido Fólico, pelo menos quatro semanas antes da concepção.

A importância do Ômega 3 na gestação

Durante as primeiras semanas (2-8) de gestação, é o período de crescimento fundamental do feto, no qual, o estado nutricional da mãe e a disponibilidade de nutrientes dela, vai impactar diretamente o desenvolvimento embrionário, organogênese e o desenvolvimento neural. Especialmente o Ômega 3 DHA e Ômega 3 EPA, é importante para sustentar uma gravidez saudável. Há um transporte ativo dele através da placenta para poder suportar as altas demandas de crescimento fetal, especialmente durante o último trimestre. Há uma concentração aumentada de Ômega 3 DHA e EPA transportado da corrente sanguínea da mãe para o cérebro do feto. Este é um processo que proporciona o desenvolvimento adequado do cérebro do feto, no qual há o acúmulo de alta concentração de Ômega 3 DHA e EPA no sistema nervoso.

No segundo e terceiro trimestre, os nutrientes que o feto recebe vão sendo acumulados para serem utilizados após o nascimento, sendo necessário o suprimento adequado de nutrientes durante toda a gestação. Alguns estudos associaram a suplementação de Ômega 3 DHA e EPA com maior duração da gestação, menor número de nascimentos prematuros, maior peso, comprimento e circunferência da cabeça ao nascer e menor número de internações de bebês. O aumento do consumo de Ômega 3 DHA e EPA ainda está associado a uma redução de 11% no risco de nascimento com menos de 37 semanas e risco diminuído em 42% para nascimento com menos de 34 semanas.

O Ácido Fólico, também é importante nesta fase para suportar a eritropoiese, que é o processo de produção de células vermelhas que vai aumentar rapidamente o volume sanguíneo da mãe na preparação para o feto.

Ômega 3 no pós parto e para lactantes

O pós parto é um período em que se enfrenta muitas alterações físicas e principalmente emocionais, o que vai resultar em mudanças nas necessidades nutricionais.

O Ômega 3 DHA e o Ômega 3 EPA são relevantes para a saúde mental, pois são fundamentais para o desenvolvimento cerebral e funcionam em todas as fases da vida. Alguns estudos mostraram a associação entre o menor consumo de baixos níveis de Ômega 3 DHA e EPA com maiores taxas de depressão pós-parto e aumento do risco para transtornos de humor materno.

Por isso, a suplementação no pós-parto com Ômega 3 DHA e EPA, vai trazer benefícios para mãe e no caso de lactantes, trará benefícios para o desenvolvimento da primeira infância.

No período de amamentação do bebê, o Ômega 3 DHA e EPA da mãe, vem exclusivamente da sua alimentação. O Ômega 3 DHA e EPA que a mãe consome, vai ser repassado ao bebê por meio do aleitamento materno. Portanto, o leite materno vai fornecer quantidade adequadas de Ômega 3 DHA e EPA, se a mãe mantém um consumo adequado e regular de peixes de águas frias e profundas – que são as fontes mais ricas de Ômega 3 DHA e EPA -, ou se ela mantém o consumo através de suplementação.

Um estudo que analisou os níveis de Ômega 3 no leite materno, observou que a ingestão atual (com base em registros alimentares de três dias) não teve relação com níveis do leite materno, mas que a ingestão habitual (com base na frequência do consumo alimentar) influenciou significativamente a concentração de Ômega 3 no leite materno. Isso significa que, para influenciar nos níveis do leite materno, o Ômega 3 precisa ser consumido com frequência e constância.

Por isso, a suplementação com Ômega 3 DHA e EPA para lactantes pode ser recomendada, para manter os níveis de Ômega 3 aumentados no leite materno e assim, contribuir para o desenvolvimento normal do cérebro e da visão dos bebês.

Os primeiros 1.000 dias de vida!

Você já ouviu falar que os primeiros 1.000 dias de início de vida, são cruciais e determinantes para o desenvolvimento do bebê?

Este é um período que vai da concepção até os dois anos da criança.

A ingestão ideal de nutrientes durante os primeiros 1000 dias é fundamental para o bem-estar da mãe e do bebê. A adequação nutricional durante todo esse período, vai dar suporte para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê e todo o crescimento infantil e vai ajudar na saúde da mãe em todas as fases. A falta de nutrientes essenciais durante os primeiros 1.000 dias de vida, pode acarretar em falhas no desenvolvimento do bebê como um déficit na função cerebral.

A suplementação deve servir para trazer benefícios ao bebê e a sua formação, além de agregar saúde à mãe, que passa e passará por muitas mudanças fisiológicas e emocionais.

Referências:

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